De Marcelo Ferrari
Respeitável pudico! Vai começar o espantalho! A direita, galinhassauros e piteromoscas. Atrás dotrilho reside um velho milho. Da janela do laranjal, uma montanha de carne e mocotó desfila pocotó peloestádio de futebol. O cavalo trota cheio de estofo na contramão do vai e vento. Nós, inventores da roda,iremos de bicicleta, desejo que vira imaginação, que vira perna, que vira pedal, que vira roda, que vira omundo, alimentando-o de horizontes. Cuidado ao atravessar o mata burro! É preciso pisar em ovos.Aqueles que tiverem nome de santo não precisar doar sangue feito aquelas seringueiras ali. Perdoem-me a barba mal feita do asfalto. Quem estiver sem chapéu pode pegar um no ipê. Damas de rosa. Cavalheiros de amarelo. As vacas não são santistas, nem corintianas, mas o boi, boi, boi, torce pra ponte-preta. Não tem jeito de perder o rumo, é só seguir os fios de alta civilização. Já estamos perto! Podem ver o incêndio de luz na caixa d´água da cidade? Mirassol é logo depois das dunas de capim gordura. Mira! Mira! Chegamos! E quem quiser fixar residência, nem precisa de escritura, bastar tirar os sapatos e deixar crescer a planta dos pés.
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2 comments:
E só quem conhece este "universo rural" pode entender tão bem o que vc diz.........
Beijoss.
bom texto! senti até cheiro de capim e cocô de vaca... rsrsr
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