De Li de Oliveira
Foi rápido. Sem dor. Sem nem sentir para ser sincera. Uma hora estava com ele nas mãos, para em cinco minutos passados ele deixar de existir. Pelo menos para ela. Um celular que havia comprado há tão pouco, sumiu de sua bolsa em fração de segundos. Sabe destes que tem música, foto, vídeo, gravador, Bluetooth, infravermelho... Enfim, ele até telefonava! Á princípio desespero. Mas depois, de que adiantaria? Nada e ninguém o traria de volta. Foram-se os anéis e ficaram os dedos, não é o que dizem? Era o que importava. Mas então vinha todo aquele procedimento chatíssimo: bloquear linha, negociar com a prestadora...
"Boa noite, bem vindo ao atendimento OBSCURO! Para pagamento de conta disque 1. Para informações sobre promoção disque 2. Para carregamento de saldo disque 3. Para saber de quanto é o seu saldo disque 4. Para saber seu saldo promocional disque 5..."
- PQP eu só quero falar para alguém que eu fui roubadaaaaaaaaaa!!!!
"Por favor, este é um sistema inteligente que entende o que você fala. Retornando ao menu inicial. Para pagamento de conta disque 1. Para informações sobre promoção disque 2..."
Samara Cláudia, murmurou outro palavrão, mas desta vez bem baixinho para a que a Sra Sistema Mala Inteligente não a ouvisse.
"Disque 6 para reparos no seu telefone... Disque 69 para ligações indevidas. Disque 666 para caso de roubo..."
Samara Claudia estava pensando na morte da bezerra a esta altura. E quase não prestou atenção no número que tinha que digitar...
"Se quiser retornar ao menu inicial disque 92754809716-97..."
- PELO AMOR DE DEUS!!!!!!! – Ela discou rapidamente o tal do 666.
"Em caso de roubo disque 171. Em caso de furto disque 007. Caso queira estar aplicando um golpe em seu seguro, alertamos, isso é crime e pode dar cadeia."
- EU SÓ QUERO FALAR COM ALGUEMMMMM!!!
"Por favor, este é um sistema inteligente, ajuste o volume do seu telefone. A ligação está mais alta do que é permitido em conversas amigáveis."
- Mas é um cacete mesmo !!!!!
"Não podemos continuar com o menu inteligente, suas palavras não correspondem ao sistema. Sua ligação está sendo transferida para um de nossos atendentes..."
- Finalmente! Oba! Uhuuuuu.
- Prestadora Obscuro, Cristiano Ricardo, boa noite.
- Ah, oi! Que bom falar com você!!! Adorooooo falar com gente. Cristiano Ricardo né? Ah que bom que me atendeu.
- Ah? É. Em que posso ajudá-la?
- Eu queria informar que fui roubada e queria bloquear minha linha.
- Ok Senhora, estaremos fazendo o procedimento de bloqueio. Para isso eu preciso que esteja com RG, CIC, comprovante de residência em mãos e me confirme algumas informações OK senhora? Para que a gente esteja bloqueando esta linha também, informo que é necessário o pagamento do próximo mês efetuado.
- Mas eu fui roubada!!!!!!! Não vou usar!
- Este é o nosso procedimento senhora, o bloqueio só estará sendo efetuado quando vermos que a senhora vai estar pagando esta conta.
- Então, eu não quero bloquear nada! Eu quero é cancelar essa porcaria de linha!
- Para o cancelamento da linha senhora, terá que estar pagando a taxa de R$ 591,99 de acordo a carência de seu plano.
- Meu plano não é carente! A carente de paciência aqui sou eu!
- Senhora, todos estes procedimentos estavam escrito no seu contrato logo abaixo da página na pagina 3 em letras Times New Roman n° 6.
- Mas era o que me faltava!!!!! Ladrões são vocês!!! O cara que me roubou é gente boa!! Pelo menos levou só o telefone sem cobrar taxa!
- Para maiores informações de seu plano, vou retornar com a ligação para o sistema de menu inteligente. Cristiano Ricardo e Obscuro agradecem e tenham uma boa noite...
- NÃOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!
"Para saber detalhes do seu plano disque 1... Caso tenha um plano B disque 2... "
TU TU TU TU TU ...
Wednesday, September 19, 2007
Monday, September 17, 2007
Socorro, SuperNanny!
De Suzana Marion
O mocinho planejou tudo por semanas, em todos os detalhes. Trocou cartas por meses, e com elas enviava estrelas, para que a mocinha não estranhasse o céu que ele lhe prometeu. Depois de aguardar o tempo necessário decidiu acabar com aquele ‘e se’ que o consumia. Fez todas as manobras possíveis, lutou contra uns dragões, rodeou o castelo... a mocinha na janela da mais alta torre já lhe sorria. Ela aguardou por meses a fio seu resgate, todas as noites imaginou seu rosto naqueles segundos confusos que antecedem o sono. Não era tão crescido quanto imaginara e suas pernas e braços tremiam à medida que seu coração saltava de ansiedade... Daí, durante a escalada ele lembrou que deixou o feijão no fogo, que tinha que pegar a tia doente na rodoviária, sentiu vontade de fumar outro cigarro, dor-de-cabeça, dor-de-barriga, ou qualquer coisa do tipo. Desceu os poucos metros que subira, deu umas moedas para o porteiro, pegou o elevador. Entrou depressa e deu um selinho na princesa sem ao menos saborear o momento e de nervoso esqueceu o número da árvore em que estacionou o Alasão. Chamou um táxi. Entre suas desculpas, desvios e atalhos não houve entrega ou alegria, pois a proximidade do amanhã inevitável já o assombrava e fez vã toda a sua jornada. Ela olhava pra ele e ele olhava pela janela durante todo o caminho. Pediu ao motorista que o deixasse primeiro em casa porque era mais perto e a princesa foi embora resignada e sozinha, com sua metade da corrida para pagar e tentando não pensar nos planos que fizera. Ele devia entrar na torre pela janela, suspende-la em seus braços com carinho, cavalgar abraçados para longe dali. Eles entrariam numa cabana na floresta, o príncipe fecharia atrás de si a porta e as janelas sem tirar os olhos dela e então eles ouviriam apenas o som dos pássaros e da chuva lá fora. Ele não diria banalidades, não ligaria a TV. Toda a sua atenção e seus sentidos estariam voltados para ela. Ele devia beijar seus olhos, sua testa, seu ombro, morder de leve a ponta da sua orelha direita, respirariam no mesmo compasso e brindariam com um longo beijo quente aquele momento sublime. Mas ela precisava dissipar aquelas nuvens de sonhos, pois ele ignorou todos os seus avisos e sucumbiu à própria covardia. Então ela ordenou ao motorista que desse meia volta, pediu que ele parasse na beira do caminho, pendurou, ao lado da placa “só solteiros” outra que dizia “apenas maiores de 30 anos”, e seguiu de volta ao castelo para mais uma vez trancar-se em sua torre. Menos que um sonho, aquela realização foi nada! Ficou apenas uma sensação, como ele mesmo dissera, de que ‘não custava tentar”.
O mocinho planejou tudo por semanas, em todos os detalhes. Trocou cartas por meses, e com elas enviava estrelas, para que a mocinha não estranhasse o céu que ele lhe prometeu. Depois de aguardar o tempo necessário decidiu acabar com aquele ‘e se’ que o consumia. Fez todas as manobras possíveis, lutou contra uns dragões, rodeou o castelo... a mocinha na janela da mais alta torre já lhe sorria. Ela aguardou por meses a fio seu resgate, todas as noites imaginou seu rosto naqueles segundos confusos que antecedem o sono. Não era tão crescido quanto imaginara e suas pernas e braços tremiam à medida que seu coração saltava de ansiedade... Daí, durante a escalada ele lembrou que deixou o feijão no fogo, que tinha que pegar a tia doente na rodoviária, sentiu vontade de fumar outro cigarro, dor-de-cabeça, dor-de-barriga, ou qualquer coisa do tipo. Desceu os poucos metros que subira, deu umas moedas para o porteiro, pegou o elevador. Entrou depressa e deu um selinho na princesa sem ao menos saborear o momento e de nervoso esqueceu o número da árvore em que estacionou o Alasão. Chamou um táxi. Entre suas desculpas, desvios e atalhos não houve entrega ou alegria, pois a proximidade do amanhã inevitável já o assombrava e fez vã toda a sua jornada. Ela olhava pra ele e ele olhava pela janela durante todo o caminho. Pediu ao motorista que o deixasse primeiro em casa porque era mais perto e a princesa foi embora resignada e sozinha, com sua metade da corrida para pagar e tentando não pensar nos planos que fizera. Ele devia entrar na torre pela janela, suspende-la em seus braços com carinho, cavalgar abraçados para longe dali. Eles entrariam numa cabana na floresta, o príncipe fecharia atrás de si a porta e as janelas sem tirar os olhos dela e então eles ouviriam apenas o som dos pássaros e da chuva lá fora. Ele não diria banalidades, não ligaria a TV. Toda a sua atenção e seus sentidos estariam voltados para ela. Ele devia beijar seus olhos, sua testa, seu ombro, morder de leve a ponta da sua orelha direita, respirariam no mesmo compasso e brindariam com um longo beijo quente aquele momento sublime. Mas ela precisava dissipar aquelas nuvens de sonhos, pois ele ignorou todos os seus avisos e sucumbiu à própria covardia. Então ela ordenou ao motorista que desse meia volta, pediu que ele parasse na beira do caminho, pendurou, ao lado da placa “só solteiros” outra que dizia “apenas maiores de 30 anos”, e seguiu de volta ao castelo para mais uma vez trancar-se em sua torre. Menos que um sonho, aquela realização foi nada! Ficou apenas uma sensação, como ele mesmo dissera, de que ‘não custava tentar”.
Sunday, September 16, 2007
Como irritar uma mulher em 10 lições
De Lucinana Muniz
Quem já presenciou uma mulher à beira de um ataque de nervos?
Aposto que a maioria. Porém saio em defesa destas que, não são nada difíceis de agradar, é que os homens também pisam bastante na bola e como pisam!
Digníssimos representantes do sexo masculino leiam e parem para pensar se as gurias não têm um pouquinho de razão. Transcrevo abaixo apenas dez exemplos que foram citados em uma roda de amigas e não foi necessariamente no momento em que foram juntas ao toalete:
1. Trate ela como criança todas as vezes em que ela estiver lhe dando uma merecida bronca (vai dizer que você não se liga quando merece uns puxões de orelha?).
2. Olhe bem fundo em seus olhos e lhe diga antes de saírem para a balada:
– Você pintou a cara?
3. Compare o corpo dela com o da sua ex-namorada, mesmo que seja para dizer que o dela é mais bonito.
4. Fale mal das mulheres que têm TPM nos dias em que ela estiver de TPM (Acham que a mulherada se aproveita desta famigerada fase para tripudiar? Experimenta passar por uma TPM, experimenta!).
5. Não abaixe nem sob tortura a tampa do vaso (Essa é básica!).
6. Não ligue no dia seguinte, ligue no mês seguinte e dê uma desculpa bem esfarrapada, dando claramente a entender que está subestimando sua inteligência e a chame para sair, afinal você está morrendo de saudades, não é mesmo?
7. Faça-a estar pronta às 21:45 e chegue à meia noite, sem avisar que vai se atrasar.
8. Desligue o celular na sexta à noite e só ligue novamente na segunda de manhã.
9. Desmarque um encontro com ela para ir ao futebol com os amigos.
10. Quando estiver ao telefone com a namorada ou esposa grite:
– Goooool!!!!!
Se sobreviver, comente a experiência...
Quem já presenciou uma mulher à beira de um ataque de nervos?
Aposto que a maioria. Porém saio em defesa destas que, não são nada difíceis de agradar, é que os homens também pisam bastante na bola e como pisam!
Digníssimos representantes do sexo masculino leiam e parem para pensar se as gurias não têm um pouquinho de razão. Transcrevo abaixo apenas dez exemplos que foram citados em uma roda de amigas e não foi necessariamente no momento em que foram juntas ao toalete:
1. Trate ela como criança todas as vezes em que ela estiver lhe dando uma merecida bronca (vai dizer que você não se liga quando merece uns puxões de orelha?).
2. Olhe bem fundo em seus olhos e lhe diga antes de saírem para a balada:
– Você pintou a cara?
3. Compare o corpo dela com o da sua ex-namorada, mesmo que seja para dizer que o dela é mais bonito.
4. Fale mal das mulheres que têm TPM nos dias em que ela estiver de TPM (Acham que a mulherada se aproveita desta famigerada fase para tripudiar? Experimenta passar por uma TPM, experimenta!).
5. Não abaixe nem sob tortura a tampa do vaso (Essa é básica!).
6. Não ligue no dia seguinte, ligue no mês seguinte e dê uma desculpa bem esfarrapada, dando claramente a entender que está subestimando sua inteligência e a chame para sair, afinal você está morrendo de saudades, não é mesmo?
7. Faça-a estar pronta às 21:45 e chegue à meia noite, sem avisar que vai se atrasar.
8. Desligue o celular na sexta à noite e só ligue novamente na segunda de manhã.
9. Desmarque um encontro com ela para ir ao futebol com os amigos.
10. Quando estiver ao telefone com a namorada ou esposa grite:
– Goooool!!!!!
Se sobreviver, comente a experiência...
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