Thursday, June 21, 2007

Erotismo e Pornografia – “Publicidade da Prostituição”

De Léo Lousada

A idade moderna e principalmente o século XX ficarão marcados pela destruição do sujeito e a individualização do ser humano.

No século XX, com a revolução industrial consolidada e o maquinicismo tomando contas das indústrias, o ser humano tem suas funções substituídas por máquinas que tem capacidade produtiva muito maior. Maior produtividade corresponde a maior necessidade de geração de consumo e escoamento dos produtos para o público consumidor. Daí tem-se a origem da mídia em massa e da publicidade moderna.

Desde cedo, a publicidade procura despertar os desejos do inconsciente do ser humano em busca de gerar expectativa e ansiedade. Desperta o desejo sem atendê-lo, apenas dando o que seria a possível solução para a angústia gerada. Levando em conta as teorias de Freud sobre ID e pulsões de vida, há um despertar destas vontades inconscientes e da libido sexual.

Ao mesmo tempo, a sociedade fica cada vez mais deficiente de modelos identificatórios, pois as figuras paternas e maternas encontram-se ausentes devido à necessidade de trabalhar. A mídia passa a criar novos modelos identificatórios para suprir essa carência e através deles vender seus produtos.

Um dos aspectos utilizados pela mídia moderna é a erotização da figura feminina e a pornografia como forma de despertar a libido humana e gerar expectativa de consumo. O Fetichismo e o culto à imagem da mulher perfeita são dois dos mais importantes arquétipos modernos de consumo.

Dúvidas quanto a isso? Assista aos programas de domingo, às publicidades de cerveja, de roupas, de iogurtes e etc. Ou melhor, quem você acha que ganha mais: uma cantora que rebola no palco ou uma professora com mestrado? Infelizmente o puro fetichismo usado na propaganda pode causar um desgaste excessivo dos símbolos sexuais que despertam o desejo no ser humano. Lembro quando tinha 13 anos e dificilmente conseguia ver uma revista masculina. Hoje eu apenas preciso ligar a TV para ver a mesma coisa.

Mas vejam bem, não estou dando uma de santo e falso pregador. O que não concordo é com o fato destas coisas tornarem-se banalizadas a ponto de virarem ferramentas para te convencer de comprar algo.

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